Carta de informação N ° 2

Aqui está a carta de informação semestral do projeto AGUAMOD que descreve os principais eventos do primeiro semestre de 2017 e os principais avanços do projeto.Foram realizadas várias reuniões durante este primeiro ano. Uma reunião de lançamento do projeto, 2 reuniões semestrais, e 1 reunião plenária

O vídeo de apresentação do projeto AGUAMOD, em inglês e nas diferentes línguas do território SUDOE, pode ser visto no seguinte: PLAY

 

 
O primeiro ano foi essencialmente consagrado ao desenvolvimento de uma base de dados sobre os recursos hídricos, harmonizada e comum a todo o território SUDOE: dados físicos, climatológicos, antropogénicos e socioeconómicos, usos da água, governança da gestão da água e estabelecimento de uma lista de serviços dos ecossistemas a serem avaliados. Esta base de dados comum será finalizada na próxima reunião semestral, a ser realizada em Zaragoza, em fevereiro de 2019.Desde o início do projeto, procedemos à quantificação económica dos serviços dos ecossistemas (SE). Para o efeito, está a ser utilizada a lista de SE do CICES, bem como de outras organizações internacionais. Os SE que não poderem ser avaliados economicamente, serão avaliados qualitativamente: qualidade e evolução do serviço (bom, justo ou medíocre), dependendo da importância do serviço associado às massas de água ou sub-bacias, ou através da quantificação do estado. Propõe-se avaliar os SE de fornecimento diretamente a partir dos dados de consumo de água. Da mesma forma, serão analisados os serviços de regulamentação relacionados com a manutenção da integridade estrutural e funcional das massas de água. Finalmente, serão estudados os serviços culturais em diferentes escalas. Será realizada uma avaliação económica nos workshops realizados em 4 ou 5 zonas, coincidindo com os casos piloto, sob a forma de sessões de participação públicas, com os atores envolvidos e selecionados a partir da utilização do “diagrama do arco-íris do stakeholder”. Será escolhido um caso Piloto de uma das sub-bacias da região SUDOE para efetuar uma avaliação qualitativa e quantitativa dos serviços ecossistémicos de uma forma mais detalhada. 

No que diz respeito aos dados do estudo, foram recolhidos os consumos de água nos setores agrícola, industrial, de serviços, de turismo e de abastecimento em Espanha, à escala das comunidades autonómicas, a partir das estatísticas oficiais. Além disso, registaram-se semelhantes progressos em França e em Portugal, embora este trabalho ainda vá prosseguir neste segundo semestre de 2017.

 

Do ponto de vista metodológico, foi acordado o cálculo das produtividades aparentes da água e do emprego nos diferentes setores económicos através da chamada água virtual, que integra a metodologia de matrizes entradas-saída para a redistribuição da água direta entre os diferentes setores produtivos finais.

A primeira recolha de dados relativos à governança da gestão da água está terminada. Essa informação encontrava-se disponível nos planos de bacia de cada organismo responsável, tendo permitido construir uma base de dados com 25 variáveis (17 variáveis qualitativas e 8 variáveis quantitativas). Os dados e informações recolhidas permitem analisar a governança da água em cada bacia hidrográfica. Estão em curso as análises dos dispositivos de participação pública e a identificação de perfis de governança de cada bacia.

 

No que diz respeito aos indicadores relativos à adaptabilidade às mudanças e à estratégia para períodos de seca no SUDOE, estes estão a ser desenvolvidos e serão apresentados em 2018. Por um lado, foi recolhida a informação, disponível nos sítios das agências de gestão dos recursos hídricos, sobre as medidas de adaptação às mudanças climáticas que constam nos planos de bacia em vigor, bem como a sua evolução em relação aos planos anteriores. Paralelamente, o foco foi colocado nos planos especiais de mitigação da seca, nos quais as agências estabelecem as suas medidas de acção. Esses planos, projetados para situações atuais, são o ponto de partida para a antecipação necessária de situações futuras decorrentes das mudanças climáticas.

 

Na modelação hidrológica e de gestão da água, foram definidos os dados meteorológicos a utilizar. O trabalho com o modelo hidrológico SWAT começou e foram definidas as bacias hidrográficas a serem estudadas, de acordo com as utilizadas nas Confederações Hidrográficas e organismos de gestão. Por outro lado, está em curso a implementação do modelo hidrológico MOHID e desenvolvimento das ferramentas apropriadas para que os resultados possam ser consultados à escala da massa de água. No que diz respeito à simulação da gestão dos sistemas com a ferramenta AQUATOOL, foram recolhidos a maioria dos dados necessários e o trabalho começou com as bacias Guadiana e Ebro. Foram também obtidos os dados para os casos piloto de França e Portugal.

 

Os resultados dos modelos e os dados socioeconómicos serão fornecidos à plataforma através dos serviços Web e/ou da aplicação AGUAMOD Back-Office. Esta plataforma irá harmonizar as escalas espaciais e temporais das simulações e agregará os resultados por áreas pré-definidas, por exemplo, NUTs ou massas de água, fornecendo-os na forma de serviços. Incluirá ainda uma interface para permitir a modificação dos cenários de gestão. A plataforma deverá ser composta por um aplicativo de desktop e um servidor para processamento de dados operacionais e publicação de dados.

 

 

O trabalho com os parceiros associados SUDOE destacou a importância de trabalhar em conjunto no desenvolvimento de indicadores de gestão dos recursos hídricos, tendo em consideração componentes de serviços socioeconómicos e de ecossistemas